sábado, 24 de dezembro de 2011
A VIOLÊNCIA
A violência dimana
Do regime social
Do Congresso mentiroso
Da justiça parcial
Da falsa ideologia
Que manipula a moral.
Tem violência também
Na igreja impetuosa
O ministro também faz
Uma prece generosa
Perfeita na transparência
Porém, bastante maldosa.
O campesino faminto
Logo vira cachaceiro
Cedo conquista mulher
Até mesmo sem dinheiro
Outra grande violência
No regime brasileiro.
A justiça também falha
No momento do jurado
Às vezes, o réu confesso
Pode ser inocentado
Violência cometida
Pelo grande magistrado.
No velho banco escolar
Também vejo negligência
O professor mercenário
Ensinando sem decência*
Pensando só no dinheiro
Outra grande violência.
A política também erra
A quase todo momento
Soldado mata soldado
Por qualquer constrangimento
O militar que faz isso
Está sendo violento.
O Brasil virou cenário
De tremenda impunidade
A violência não teme
Ao brado da autoridade
A justiça cala a boca
Diante de tanta maldade.
No Senado da República
Também se vê confusão
A violência comete
A mais triste aberração
Deixando exemplo ruim
Pra nossa pobre nação.
A violência nefanda
Foi tema do cativeiro
Como mostra Castro alves
No belo Navio Negreiro
O negro violentado
Pelo português matreiro.
O evangélico afinado
Decanta como cambonje
Camuflando a violência
Piedoso como monje
O discurso muito próximo
Mas o caráter bem longe.
Nesse Brasil finalmente
Morreu todo sentimento
A violência perturba
Em quase todo aposento
Transformando o nosso povo
Num animal violento.
Vou terminar meu poema
Com clareza e sapiência
Solicitando ao governo
Mais respeito e mais prudência
Pelo povo brasileiro
Vítima da violência.
*Refiro-me não à categoria toda dos educadores, que sofre nas mãos dos governantes e precisa do nosso apoio, mas aos que estão na profissão sem maiores compromissos.
Antônio Agostinho Santiago - Russas-CE
___________________________________
Postado por
Antônio Agostinho Santiago
às
10:05
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
Marcadores:
Antônio Agostinho Santiago
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Gente boa! Contribua com a cultura! Deixe um comentário. Sou-lhe grato!