quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Umas Palavras Amargas
UMA SÁTIRA AO PAPAI NOEL
Papai Noel mentiroso
Você não tem castidade
É triste a sociedade
Chamá-lo de caridoso.
Você me deixa nervoso
Com tanta peversidade
Porém você na verdade
Tem o coração maldoso.
Você faz parte da mídia
A mais cruenta perfídia
Desse Brasil sem pujança.
Seu tremendo babaquara
Tenha vergonha na cara
Não lese a nossa criança.
AO CAMPESINO
Eu venero o sertão como um ermita
Esse berço modesto e solitário
Onde vive o caboclo proletário
A sofrer como um rude troglodita
No carrasco faminto quem habita
Vira peça novel desse cenário
Dos contrastes faz grande comentário
Numa língua paupérrima e esquisita
Tristemente trabalha o meu roceiro
Criatura fadada ao cativeiro
A mazela cruel do nordestino
Como um simples rebento do sertão
Eu mantenho a lírica vocação
De cantar sobre o nosso campesino.
TRISTE TARDE
Debruçado nos trapos da janela
Eu chorava também ali sentindo
Com om vento abalando o tamarindo
Que ficara a servir de sentinela.
A nossa casa não era mais aquela
Um outro lar estava ali surgindo
O cabide de pau se demolindo
Uma porta quebrada sem tramela.
Numa tarde quentíssima de agosto
Eu sentira o vínculo do desgosto
Devastanto minh'alma combalida.
No terreiro da casa em que morei
Cabisbaixo também ali chorei
Vento a foto fiel da mãe querida.
Antônio Agostinho Santiago - Russas-CE.
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Antônio Agostinho Santiago
às
21:32
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