domingo, 20 de junho de 2010

LEMBRANÇAS DA MALHADINHA

À VIDA DE UM TRISTE

Eu preciso cantar minha derrota,
Minha vida macabra, o meu tormento;
Meu soneto é feito do lamento
Desta vida satânica e idiota.

Ser fiel neste mundo ninguém nota,
Pois a vida é tosco fingimento.
Sou a vítima nefária do escarmento,
Da desgraça hedionda e da chacota.

Já cansei de sofrer tanta maldade,
Porém agora com o peso da idade
Vejo a morte cruel no meu destino.

De sofrer neste mundo não sossego;
Este fardo nefando que carrego
Pesa em mim desde o tempo de menino.


MALHADINHA, TERRA PRIMEIRA

Malhadinha, querida, dos meus pais,
Velho berço da minha genitura;
Eu preciso cantar tua amargura,
Testemunha fiel dos meus anais.

Na distância dos beijos maternais
Eu mantenho por ti grande cordura;
Teu passado foi feito com lisura
E quem te amara alí não existe mais.

Minha origem paterna pereceu,
Meu tamarindo amigo ali morreu
Co'a distância macabra do seu dono.

A sua morte vandálica eu propago:
Que tristeza a família Santiago
Não ser mais a herdeira de seu trono.

Antônio Agostinho Santiago - Russas-CE
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