domingo, 10 de abril de 2011

Num trinta de março



Um Lar desfeito

Separou-se do lar fraterno amigo
Um poeta modesto e derrotado
Mas não foi por viver amancebado
Foi somente por ser triste mendigo.

Ele trás essa dor talvez consigo
No remorso de um pai refugiado
Como prezou sabe que não foi prezado
Tendo certo o desprezo por castigo.

Da filhinha que tem está bem longe
A viver solitário como um monge
Que procura o deserto pra morar.


Nesse trinta de março hoje completa
O desgosto nefando do poeta
Na distância macabra do seu lar.


Antônio Agostinho Santiago - Russas-CE
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